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El Nido: tudo sobre a ilha mais visitada das Filipinas

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Fiz uma experiência aqui que comprovou exatamente o que eu imaginava. Quando a gente pesquisa por Filipinas no Google, as primeiras imagens que aparecem são de El Nido. E o motivo não é só o fato da cidade estar localizada em Palawan, a ilha mais famosa do país. Se você viu nossas últimas fotos no Instagram (@flymaniacs), fica mais fácil de entender. Inclusive, foram fotos desse lugar que despertaram a nossa vontade de conhecer de perto lugares tão lindos: praias, ilhas, lagoas, coqueiros (não tanto quanto Siargao), pessoas. Tudo em El Nido parecia perfeito.

Conhecemos a Pinagbuyutan Island no Tour C (Foto: Flymaniacs)

Óbvio que a expectativa para chegar lá e conhecer de perto era grande, mas chegando lá, El Nido conseguiu nos surpreender. Era muito mais do que aquilo que a gente viu pela tela do computador e do celular. Se entregue a El Nido, sinta as Filipinas, e se apaixone ainda mais por tudo o que a Ásia tem a te oferecer (e confira o nosso roteiro de 20 dias pelo país). 

| Chegando e saindo

Bom, como em todos os destinos que fomos nas Filipinas, levamos longas horas para chegar até El Nido. O jeito mais comum para chegar é de avião e existem duas formas de chegar dessa maneira. O mais prático é pela companhia Air Swift, a única que vai para o aeroporto de El Nido. Apesar da praticidade e rapidez em chegar até a ilha, o valor é bem alto. Por isso, optamos por ir com a Cebu Pacific Air. Essa é uma das maiores e mais baratas cia aéreas do país, com uma boa oferta de voos entre os principais destinos.

Porém, esse voo mais em conta vai para Puerto Princesa, outra cidade de Palawan. De lá, pegamos uma van por 5 horas até chegar em El Nido. Sim, a viagem é bem puxada, os motoristas são bem agressivos na forma de dirigir, mas valeu a pena pela economia: transfer custou 500 PHP.

O aeroporto de El Nido fica perto da Lio Beach (Foto: Flymaniacs)

Caso você esteja em Coron, que também fica em Palawan, uma boa opção para chegar em El Nido é por meio do ferry que sai diariamente e leva 3h30 para fazer a travessia. Usamos esse transporte na direção contrária e antes de embarcarmos tínhamos escutado muitos relatos do barco de mexer muito e viagem ser ruim. Pode ser que a gente tenha tido sorte, mas foi bem tranquila e ainda dormimos quase toda a viagem.  

| Como se locomover

Com em todas as ilhas que passamos nas Filipinas, a melhor forma de locomoção em El Nido é de scooter. As estradas não são tão lindas como as de Siargao (aliás, confira a matéria completa sobre Siargao). Mas a praticidade de poder explorar cada cantinho, cada praia, cada rua, foi sensacional.

Para se locomover, você pode andar de tricilo ou skooter (Foto: Flymaniacs)

Porém, em El Nido você não precisa alugar uma moto todos os dias que ficar por lá, pois muitos dias você vai passar num barco. Caso seu hotel seja bem localizado, dá para ir a pé até o porto. Ou então pegar um triciclo em que uma corrida custa em torno de 50 PHP, caso você fique pelo centro. Se for usar essa opção, negocie. É bem comum os motoristas cobrarem 100/150 PHP, sendo que um valor considerado “justo” não passa dos 60 PHP. Nós optamos em pegar a moto apenas um dia que quisemos explorar as praias e percorrer vários lugares da ilha.

O valor médio da moto por dia é 500 PHP, ou seja, algo em torno de R$ 40. Para abastecer, não tem segredo. O difícil é achar um posto de gasolina. Eles existem, mas ficam mais na região central. Caso você vá até Nacpan Beach, que é uma praia mais afastada – cerca de 40 minutos do centro –, abasteça antes de sair. O litro lá custa 60 PHP. Com 2 litros rodamos o dia todo.

| O que fazer

As grandes atrações de El Nido estão longe da ilha principal. Ou seja, para conhecer a região de verdade e da melhor forma possível, você terá que pegar um barco e passar o dia em alto mar. Mas você também pode passar um dia explorando os cantinhos da cidade e suas praias, que não deixam de ser maravilhosas. Confira abaixo os principais lugares para conhecer.

A alegria de ter uma praia praticamente só pra gente (Foto: Flymaniacs)

Passeios de barco

Existem várias opções para viajar de forma privada ou em grupo. Os mais conhecidos – e mais disputados – são os tours A e C. Apesar de ter saída praticamente todos os dias e em várias agências, recomendamos que você faça a reserva antes, principalmente se pegar indicação de empresa com outros viajantes. Esses passeios tendem a lotar. Um ou dois dias de antecedência já são o suficiente.

Na ilha da Skipper Charters você pode andar de SUP (Foto: Flymaniacs)

Foi até por essa questão que escolhemos a Skipper Charters para fazer os nossos passeios em El Nido. Além deles terem lancha rápida, o que agiliza o passeio, vão poucas pessoas no barco. Falaremos melhor sobre a empresa mais abaixo. Mas em resumo: se você é como a gente que não curte lugares lotados e gosta de sentir a essência do lugar, escolha bem a empresa para fazer os passeios. Ou então opte pelo tour privado, que é mais caro, mas com certeza você aproveitará mais.

Os outros passeios tradicionais em El Nido são tour B e D.  Mas vale reforçar que mesmo sendo roteiros pré-definidos, muitos guias mudam o itinerário no meio do caminho. Mas fica tranquilo, pois todas as ilhas são lindas demais.

Veja mais detalhes dos dois tours que fizemos com a Skipper Charters.

Tour A

As águas de El Nido são muitos transparentes (Foto: Flymaniacs)

Normalmente, o roteiro desse tour contempla 4 lugares, mas como a gente estava com uma lancha rápida, conseguimos visitar 7 pontos entre praias e lagoas. A primeira parada foi a Secret Lagoon, que pelo nome já dá para deduzir que ela fica “escondida”. Você precisa atravessar umas pedras até dar de cara com um paredão de rochas e uma água super clarinha. A parada foi bem rápida, mas boa para termos ideia do que o passeio nos reservava.

De lá partimos para Big Lagoon, o lugar mais esperado do dia. Você tem a opção de cair na água e ficar nadando por 40 minutos, mas aí você abre mão de explorar a lagoa, pois ela realmente é grande. Ou então alugar um caiaque por 250 PHP. Essa foi nossa escolha e pudemos entrar nas pedras da lagoa, escutar os animais de perto, foi surreal de lindo!

Um dos melhores lugares para mergulho foi na Shimizu Island (Foto: Flymaniacs)

Depois foi a vez de fazermos o nosso primeiro mergulho de snorkel, na Shimizu Island. Sério, o lugar parecia um aquário com aquele monte de peixe colorido e desconhecido, corais extremamente vivos e muitos outros animais. Foi algo que ficou gravado na memória pra sempre. Por isso, leve sua máscara e pé de pato. Vale cada segundo que carregamos esses trambolhos de um lado pro outro!

De lá, fizemos uma pausa para descansar e almoçar na ilha particular da Skipper Charters. É totalmente inacreditável! Uma ilha, pequena, com a água mais azul que já vimos, todinha só pra gente! Geralmente temos 40 minutos para aproveitar cada parada, mas essa do almoço dura cerca de 1h30.

Na ilha da Skipper Charters você pode andar de SUP (Foto: Flymaniacs)

Antes de voltarmos, ainda passamos pela Snake Island, que é um banco de areia no meio do mar, Popolkan Island e, por último, Papaya Beach, que é uma praia mais cheia e com mais estrutura. Ficamos por lá 1 horinha relaxando e curtindo o fim de tarde.

Tour C

Paradinha para o almoço na ilha privada da Skipper Charters (Foto: Flymaniacs)

Não sabemos dizer ao certo se esse tour é melhor que o tour A, mas podemos dizer que curtimos mais no sentido de tudo parecer mais vazio e inexplorado, do jeitinho que a gente gosta. Antes de fechar o passeio, tentamos fazer um combo: Tour C e D juntos. Conversamos com algumas pessoas, de agências mesmo, e percebemos que não seria uma boa ideia. Primeiro que o tour sairia muito mais caro que o tradicional. Segundo que todas os barcos são lentos e ficaria muito corrido fazer mais paradas do que as que já fazem parte de um roteiro.

E aí que resolvemos fazer esse passeio com a Skipper Charters também. Eles fazem as paradas pré-definidas do tour C, mas sempre evitam a multidão e realizam paradas extras, que geralmente estão no tour D. E essa foi a melhor parte! Quer saber por quê? Confere nosso roteiro:

Os tours mais conhecidos são o Tour A e C (Foto: Flymaniacs)

Começamos o dia na Hidden Beach, que apesar de linda, foi uma parada bem rápida. Olhamos, mergulhamos, curtimos 10 minutos e voltamos para o barco. De lá, passamos por Matinloc Shire, que não estava no roteiro, mas acabou sendo uma parada antes de chegarmos na Secret Beach. Essa, por sua vez, estava bem cheia. Apesar da Skipper Charters tentar evitar a aglomeração de turistas, tem hora que é inevitável. O legal dessa parada é aproveitar com snorkel e ver milhares de peixes e, dependendo da estação, águas-vivas.

Depois foi a vez de conhecer Pinaglungaban, outro local ótimo para mergulho. A ilha fica perto de uma área de proteção a tartarugas e conseguimos ver 3 bem grandes por lá. De lá partimos para o nosso almoço na ilha privativa da Skipper Charters. A gente já conhecia o lugar, então foi ainda mais gostoso. Ficamos curtindo nas redes que têm no local, andando de stand up até a ilha ao lado e comendo muito. Que almoço mais delicioso!

Um dos bancos de areia que visitamos em El Nido (Foto: Flymaniacs)

Bem alimentados, foi a vez de irmos até um banco de areia todinha só pra gente. O Bagunbon é bem pequeno, mas foi gostoso para dar um mergulho e tirar umas fotos. E, para fechar o dia, e o melhor lugar de El Nido: Pinagbuyutan Island. Essa parada faz parte do Tour B, mas a Skipper colocou permanentemente no roteiro do Tour C.

É uma ilha relativamente pequena, com muito coqueiros, areia branquinha, um mar absurdamente verde…. uma coisa de outro mundo. Pqp! E totalmente vazia. Falando assim, parece igual a todas as outras praias, mas não! Ela é diferente, linda! A gente só queria construir uma casinha e morar ali para sempre.

Praias

Nacpan Beach (Foto: Flymaniacs)

As principais são Nacpan Beach e Las Cabañas. A primeira fica a 40 minutos do centro da cidade e optamos por alugar uma moto e ir por conta própria até lá. Foi a melhor coisa, pois aproveitamos o caminho para conhecer a Lio Beach. Essa praia tem alguns resorts por perto e fica ao lado do aeroporto (inclusive você consegue ver os aviões pousando quase na areia). Por conta disso, a praia tem muito estrutura com restaurantes e bares.

Ficamos por lá 1h30 e depois seguimos para Nacpan Beach, que – adivinha? – é linda demais! A estrutura é bem pequena, com apenas algumas barracas de comida e bebida, mas existem cadeiras e guarda-sol para alugar (400 PHP para duas pessoas). Como a praia tem uma faixa de areia muitoooo grande, optamos por nos isolar no canto direito, onde não tinha ninguém. De lá curtimos o pôr do sol mais incrível do mundo. Sério, não deixe de ficar por lá até o final do dia.

O pôr do sol mais lindo que já vimos, na Nacpan Beach (Foto: Flymaniacs)

Las Cabañas tem uma pegada mais turística, com bares, lojas, restaurantes e até um complexo enorme está sendo construído. Como fica bem próxima ao centro, vale a pena ir até lá depois do tour de barco.  Nós fomos para a praia duas vezes, ambas para ver o pôr do sol, que também é lindo.

| Sobre a Skipper Charters

Bom, acho que com tudo o que falamos dos passeios acima, deu para perceber o quanto amamos ter escolhido a Skipper Charters. O nosso maior receio de El Nido sempre foi pegar as ilhas e praias cheias, pois é o local mais procurado pelos turistas nas Filipinas. E, querendo ou não, isso faz o lugar perder um pouco do seu encanto. Por isso, gostamos muito de fazer passeios diferentes, sair do roteiro tradicional de todo turista. E vimos que isso seria possível com a Skipper.

Fizemos os tours com a Skipper Charters (Foto: Flymaniacs)

O tour com eles é um pouco mais caro do que as outras empresas, mas é praticamente uma viagem privada, pois vão apenas 8 pessoas na lancha. Ou seja, é mais caro que o tour em grupo de outras agências (que vão mais de 20 pessoas às vezes), mas é mais em conta do que o passeio privado (em que você pode dividir até 8 pessoas).

Sem falar que eles têm lanchas rápidas ou seja, você perde menos tempo navegando e mais tempo aproveitando o lugar. Como se não bastasse, eles ainda fazem a melhor rota, evitando de cruzar com outros tours nas paradas. Tiveram momentos que mudamos o trajeto, pois os guias sabiam que a praia seguinte do roteiro estava cheia de gente. Isso é ou não é um grande diferencial?

E só pra finalizar, eles têm uma praia só deles! Tem noção do é que é ter uma praia exclusiva por quase 2h nas Filipinas?!

Imagine um almoço desse todos os dias (Foto: Flymaniacs)

Ah, claro, não poderíamos deixar de falar do almoço… tudo muito maravilhoso. Peixe, frango, porco, camarão, arroz, salada, frutas e berinjela. Precisa de mais alguma coisa? Tudo isso é feito na hora e está incluso no pacote.

 | Preços

Só para mostrar da melhor forma possível sobre os valores dos passeios de El Nido.

Tour com agência em grupo (até 20 pessoas no barco): média entre 1200 PHP e 1500 PHP.

Tour privado: em média de 9000 PHP

Tour com Skipper Charters: 3.500 PHP (em grupo – máximo de 8 pessoas)

*Vale reforçar que em El Nido é preciso pagar uma taxa única ambiental. Você normalmente paga no primeiro passeio que for realizar. Ela custa 400 PHP.

Para saber mais sobre os passeios e valores da Skipper Charters, entre no site.

| Nosso roteiro

Dia 1: locomoção Cebu – El Nido + curtimos a tarde no Sea Cocoon Hotel

Dia 2: Tour A + fim de tarde na Las Cabanas Beach

Dia 3: Nacptan Beach Lio Beach

Dia 4: Tour C + fim de tarde na Las Cabanas Beach

| Onde se hospedar

El Nido não é tão grande, mas muitos lugares demandam um bom tempo de locomoção. Por isso, aconselhamos fortemente que você fique no centro da cidade. Perto do porto, de diversos restaurantes, mercados, lojinhas e das agências de barco. Praticidade é tudo, não é mesmo?

Sea Cocoon Hotel (Foto: Flymaniacs)

Com isso, você irá economizar com aluguel de moto ou triciclo. Sem falar que sair caminhando à noite é muito gostoso. Pensando nisso tudo, optamos por ficar no Sea Cocoon Hotel e amamos. O hotel é bem moderno, aconchegante, tem um café da manhã sensacional e o dono mais simpático do mundo (e cachorros). Ele é um hotel grande e está se expandindo, mas mesmo assim não deixa de lado o charme da ilha. Vale muito a pena.

| Onde comer

A região central da cidade tem muitas opções de restaurantes, desde os mais caros, até bares e lanchonetes. Nós experimentamos o Art Café, que é bem gostoso, mas com preços bem salgados. Se a economia falar mais alto que sua vontade de provar pratos típicos, uma opção que adoramos são os sanduíches gregos do Falafel.

Outros restaurantes que nos indicaram, mas não conseguimos ir foram: V&V Bagel (café da manhã), Tratoria Altrové (italiano), Midtown Bakery (padaria) e o Mezzanine.

Veja mais fotos de El Nido:

INFORMAÇÕES GERAIS

Língua: Inglês e Tagalog

Moeda: peso Filipino (PHP) – conversão US$ 1 = PHP 52,45*.

DDI: + 63

Voltagem: 120V/60Hz

Tomada: dois pinos, igual a antiga do Brasil

Vacina: febre amarela

Visto: não é necessário

Fuso horário: + 11 horas do horário de Brasília

Carteira de motorista: a CNH brasileira é permitida

Internet: usamos o chip da Globe (1.000 PHP por 33GB válidos por 1 mês)

*Valores referentes aos meses de março/abril 2019