Depois de duas semanas fechado para visitação, o Instituto Inhotim reabriu neste sábado, dia 9 de fevereiro, e iniciou as suas atividades com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da tragédia em Brumadinho. Visitantes e funcionários foram convidados a participarem do ato, que ocorreu no Tamboril – espaço central do Museu, onde ficam uma árvore centenária símbolo do Inhotim e um dos cinco lagos do Instituto. Até 12h, o Inhotim contabilizou 1.650 visitantes.
O diretor Executivo do Inhotim, Antonio Grassi, deu as boas-vindas aos visitantes e agradeceu a presença de todos nesse momento de luto na região. “O primeiro passo é a gente estar junto, reaberto, funcionando a pleno vapor. Além da arte e da botânica, os dois pilares mais importantes do Inhotim são os nossos funcionários, que trabalharam muito bem nesse momento de maior dificuldade, e os visitantes, que fazem esse lugar estar vivo. A reabertura do Inhotim significa um respiro para a região e uma forma de sinalizar que é possível ressignificar o território. É um recomeço para Brumadinho e também para o Inhotim”, afirma Grassi.
Em solidariedade à comunidade de Brumadinho e a todos os atingidos pela tragédia, o Inhotim decidiu suspender temporariamente a visitação. O rompimento da barragem não atingiu fisicamente as dependências do Museu, mas abalou profundamente a equipe. Dos aproximadamente 600 funcionários do Instituto, 80% moram na região e 41 têm familiares desaparecidos ou com óbito confirmado.
“Ver que mais de mil pessoas vieram ao Inhotim para apoiar a cidade e o Museu no pós-trauma é emocionante”, observa o diretor do Jardim Botânico, Lucas Sigefredo.
A prioridade do Inhotim continua sendo prestar assistência à comunidade. Os funcionários do Museu voltaram a trabalhar e participaram de uma programação voltada para acolhimento e bem-estar, com meditação, ioga, exibição de filme e rodas de conversa. Os gestores realizaram visitas presenciais às famílias e estiveram em reuniões, solenidades e cultos realizados, de forma a expressar todo o apoio, cuidado e carinho que um momento como esse exige.
Desde o rompimento da barragem, o Inhotim vem discutindo os impactos do desastre e possibilidades de atuações junto à comunidade para minimização dos danos e para buscar novas alternativas para a região. Ao longo de seus 12 anos, o Inhotim desenvolve importantes projetos socioeducativos e ambientais. Segundo Grassi, o objetivo do Instituto é aproveitar essa expertise e pensar novas ações voltadas especialmente para a recuperação do município.
| Acesso
O trecho da BR-381, que é o mais acessado para ir ao Inhotim, está liberado. Todos os acessos via BR-040, passando pelo Retiro do Chalé, Casa Branca ou Piedade do Paraopeba, estão bloqueados.
| Ingressos
Quartas-feiras (exceto feriados): gratuito
Inteira: R$ 44
Meia: R$ 22
| Horário de funcionamento
Terça a sexta: 9h30 às 16h30
Sábado, domingo e feriados: 9h30 às 17h30
*Informações da Assessoria de Imprensa.