Prometemos pra nós mesmos que esse ano iríamos conhecer mais o nosso país. E não poderíamos ter escolhido um destino mais brasileiro que o Amazonas! Podemos falar que a nossa viagem para Manaus fez muitas coisas mudarem, se transformarem. Na verdade, o que a gente mais queria conhecer ali perto da capital do Amazonas era ter uma experiência dentro da Floresta Amazônica. E Manaus foi a porta de entrada para que isso fosse possível.

Durante dois dias, vivemos momentos de paz. Não só pela tranquilidade do lugar, mas também por tudo aquilo que o contato tão próximo com a natureza gigantesca inspira na gente. Era engraçado que toda vez que entrávamos no barco para fazer algo do tour, era aquela euforia, mas ao chegar no lugar, desligar o motor do barco, todos ficavam em silêncio involuntariamente. Acho que era aquela necessidade de conseguir absorver, ouvir e sentir tudo que estava à nossa volta.

Caminho até a nossa pousada (Foto: Flymaniacs)
Caminho até a nossa pousada (Foto: Flymaniacs)

Toda essa experiência foi transformadora, pois nos sentimos 100% conectado com o verde, e totalmente desconectados do restante do mundo, principalmente do digital, o que às vezes faz bem. E pudemos perceber o quão pequenos somos diante de tudo nesse mundo. Não tem como explicar o real sentimento de estar ali no meio de tanta vida quase intocável, por isso, vá! Sinta e viva isso com seus próprios olhos.

Bom, pra presenciar tudo isso, tivemos um roteiro curto, mas muito intenso. Quando acabou, deu aquele aperto no coração de “queremos mais”! Ótimo, pois queremos voltar muito em breve.

| Dia 1

O nosso dia começou cedo, às 7h45 já estávamos no escritório da Iguana Turismo para iniciar o tour até a Floresta Amazônica. De lá, fomos ao porto Ceasa, local em que pegamos um barco para começar a aventura. A primeira parada foi 5 minutos depois, para observar o encontro das águas do Rio Negro e Rio Solimões.  É incrível ver tão nitidamente que as águas não se misturam! De um lado um rio escuro, de outro um claro e barrento. Esse fenômeno acontece por conta de 4 fatores de diferença entre as águas: velocidade, intensidade, ácido e temperatura (o Rio Negro costuma ter 28ºC, enquanto o Solimões tem 23ºC).

Encontro das águas (Foto: Flymaniacs)
Encontro das águas (Foto: Flymaniacs)

Depois de uns 20 minutos, chegamos na Vila do Careiro, onde pegamos um ônibus por mais 50 minutos até o rio Paraná Mamori. Você acha que chegamos no hotel? Não! Se quer ir para o meio da selva, aguenta locomoção embaixo de um calor de 35ºC. De lá pegamos uma lancha por mais 45 minutos. Diferentemente do primeiro trecho de barco, esse já foi por dentro da floresta, entre árvores e muita água. Ficamos tão impressionados – e emocionados – de estar ali que nem vimos o tempo passar!

Por fim, chegamos na pousada Juma Lake Inn já com o almoço a nossa espera. Hm, aquela comidinha caseira e típica do Norte. O que mais a gente poderia querer? Arroz, feijão, salada, peixe, frango, farofa, frutas… Estávamos muito bem servidos. Vale dizer que todas as refeições são um pouco parecidas, mas igualmente maravilhosas.

Pousada Juma Lake Inn (Foto: Flymaniacs)
Pousada Juma Lake Inn (Foto: Flymaniacs)

Depois do almoço, tivemos um tempinho para descansar um pouco nas águas do rio. E foi o que fizemos! Mas não sem antes dar uma voltinha pela pousada. No total, são 12 quartos que cabem de 2 até 6 pessoas. Caso você esteja viajando em grupo e queiram ficar todos juntos, basta dizer na hora da reserva. Existe também a opção de você ficar em quarto compartilhado com 22 pessoas. O preço para essa opção é mais em conta.

Apenas dois deles têm ar-condicionado. O restante tem ventilador e mosquiteiro nas camas. Os quartos são simples, com muita madeira, telhado de folha de árvore e a água do chuveiro é fresca (o que é muito bom por conta do tempo quente), mas o charme de tudo isso conquistou nossos corações! A pousada tem uma vista maravilhosa do rio Paraná Mamori. E o barulho dos bichos, aves cantando, chega a ser ensurdecedor no bom sentido.

O rio Paraná Mamori fica bem em frente a pousada (Foto: Flymaniacs)
O rio Paraná Mamori fica bem em frente a pousada (Foto: Flymaniacs)

Devidamente acomodados, ficamos quase 2 horas nadando no rio Juma. Basta ir até a recepção da pousada e se jogar do deck e pronto, você está dentro da água! Quando o relógio marcou 15h, entramos em uma canoa (que foi o nosso principal meio de transporte durante os dias que ficamos por lá), agora com o nosso guia William.

Essa era hora para aprendermos a pescar piranha. Pescamos uma para não fazer desfeita com o nosso guia superatencioso, mas a soltamos logo em seguida de volta pra água. Quando o calor bateu, pulamos do barco e ficamos observando pássaros e botos que apareciam timidamente por ali.

Tour pela floresta Amazônica (Foto: Flymaniacs)
Tour pela floresta Amazônica (Foto: Flymaniacs)

Foi aí que chegou o grande momento: ver o pôr do sol de dentro do rio. Aquele silêncio e todos que estavam na canoa (12 pessoas, mais o guia) ficamos observando e sentindo aquele momento. Só de lembrar, já prendo a respiração! Foram realmente os minutos mais lindos da viagem.

Ver o pôr do sol na Floresta Amazônica foi um dos nossos momentos favoritos (Foto: Flymaniacs)
Ver o pôr do sol na Floresta Amazônica foi um dos nossos momentos favoritos (Foto: Flymaniacs)

Aí você acha que acabou? Não. Voltamos pra pousada para colocar calça e em seguida embarcamos de novo na canoa para realizar a focagem de jacaré. Já à noite, entramos entre as árvores e o nosso guia pegou um jacaré para explicar algumas curiosidades sobre o bichinho. No começo nos sentimos desconfortáveis, mas ele nos garantiu que isso não prejudica o animal. Em alguns minutos, ele estava de volta para a água. Agora sim! Fim do dia. Voltamos pra pousada, jantamos e pegamos no sono rapidinho com o barulho delicioso dos bichinhos lá de fora!

| Dia 2

O nosso segundo dia começou ainda mais cedo que o anterior. Às 5h30 já estávamos dentro da canoa para observar a natureza amanhecer e ver o nascer do sol. Sou apaixonada pelo pôr do sol, mas confesso que gostei mais de vê-lo nascendo na Amazônia. As cores do céu vão mudando rapidamente, laranja, vermelho, rosa, roxo…! Parece até de mentira.

O nascer do sol também foi incrível (Foto: Flymaniacs)
O nascer do sol também foi incrível (Foto: Flymaniacs)

Sem falar que ouvir a selva despertar também é algo fenomenal e quase indescritível. Primeiro, os cantos dos passarinhos. Depois os patos começam a sobrevoar o rio, numa sincronia linda. Como se não bastasse, com a floresta ainda adormecida, fomos presenteados por ouvir o macaco bugio, bem de longe. Se você nunca ouviu, dá uma olhada nesse vídeo! Foi um momento único e fez toda a viagem ter valido a pena.

Depois desse momento transformador, voltamos para pousada para tomar café da manhã e, em seguida, saímos para uma caminhada de 3 horas pela floresta. Se antes eu já tinha o sentimento de que estava dentro da natureza, nesse passeio pude sentir isso na pele, literalmente. Na trilha, além de ouvir o guia explicar sobre as plantas medicinais, técnicas de sobrevivência na selva e curiosidades sobre diversas espécies de árvores, plantas e insetos, pudemos experimentar de um repelente natural encontrado só na Amazônia: a formiga Capiba.

Durante o tour pela floresta, você vai conhecer mais sobre as plantas medicinais, técnicas de sobrevivência na selva e curiosidades (Foto: Flymaniacs)

Falando em repelente, é importante ir bem preparado para essa caminhada. Bastante água e disposição. Apesar dela não ter nenhuma dificuldade, a floresta é bem úmida e quente. Ah, claro, não esqueça de passar um BOM repelente!

De lá voltamos pra pousada, almoçamos, demos mais um mergulho no rio antes de pegarmos o caminho de volta para Manaus. Como falamos, apesar de serem apenas dois dias, tudo foi tão intenso, que pareceu mais tempo. Valeu a pena cada gota de suor, cada picada de pernilongo, cada momento que vivemos por lá. Sem dúvidas, foi a viagem mais incrível e transformadoras que já fizemos.

| Outros roteiros

A Iguana Tour oferece muito além do tour de 2 dias que fizemos. Aliás, recomendamos muito que você faça ao menos o passeio de 3 dias, se tiver disponibilidade. Isso porque a segunda noite você tem a experiência de dormir no meio da selva, apenas em uma rede com o mosquiteiro por cima. Como o nosso tempo era curto, acabamos não fazendo, mas com certeza vamos voltar para conhecer.

Pousada Juma Lake Inn (Foto: Flymaniacs)
Pousada Juma Lake Inn (Foto: Flymaniacs)

Ainda tem os tours de 4 e 5 dias. O nosso guia disse que no de 5 dias, o último é estilo sobrevivência em que você precisa pescar o seu peixe. Coragem, né?

| Dicas

  • É possível fazer o passeio com crianças. Nós fomos com a nossa afilhada, que tem 1 ano e 6 meses. Ela não fez a trilha pela floresta, mas o restante ela topou na boa;
  • Leve e use muito protetor solar e repelente. Nesse último, invista no Exposis, o único que realmente dá conta dos mosquitos;
  • Leve uma garrafa de água para encher e levar em todos os passeios;
  • Use roupas leves, pois a temperatura é muita alta;
  • Se levar tênis, sempre olhe antes de calçar. Lá na floresta tem muitos bichos, inclusive aranhas;
  • Leve snacks para comer entre uma refeição e outra.

Confira mais dicas no nosso Guia de Manaus.

Veja fotos do nosso tour pela Floresta Amazônica:

Iguana Turismo

Site: http://www.amazonbrasil.com.br/

Facebook: Iguana Turismo

Instagram: @iguanatour

Endereço: Rua Dez de Julho, nº 663

Telefone: +55 92 99351-3630

E-mail: [email protected]

Preços: R$ 500 por pessoa/quarto privativo // R$ 420 por pessoa/dormitório

O que está incluso: transporte Manaus/Selva/Manaus, acomodação, refeições, água mineral, todas atividades e guia.

*O Flymaniacs viajou em parceria com a Iguana Turismo.